Como superar as IAs usando o Design Thinking
Reflexões sobre o temor infundado de que os conhecimentos dos profissionais de design serão substituídos por IAs
DESIGN THINKING
Thiago Sobreira
2/11/20243 min read


No início dos anos 2000 se falava que pessoas como eu, que estavam fazendo faculdade de design e tecnologia iram se tornar rapidamente obsoletos.
Tudo no mundo iria mudar rapidamente com avanços da tecnologia e o que nossos conhecimentos adquiridos na faculdade não iriam servir para coisa alguma quando chegássemos ao mercado de trabalho.
Nessa época ainda estávamos vivendo as transformações da virada de século (Bug do Milênio), a bolha da internet, a popularização dos computadores nas casas das pessoas, o advento das músicas em formato MP3 e o surgimento de smartphones que possibilitaram tirar fotos ilimitadamente que juntamente com redes wi-fi possibilitou o início das primeiras redes sociais.
Depois dessa, vivi outra revolução com o boom dos streamings, carros elétricos e autônomos, óculos e relógios inteligentes, assistentes virtuais pra todo lado, comunicação via texto, áudio e imagem de forma barata e super rápida, moedas virtuais e sistema de pagamentos digitais feitos por aplicativos que não são nem bancos.
Passados quase 20 anos daquela época, realmente muita coisa mudou, mas o que não mudou foram as técnicas para descobrir e analisar necessidades, resolver problemas e estimular a criatividade para que seja possível ter ideias inovadoras que atendam as necessidades desse mundo que continua mudando rapidamente.
As técnicas para descobrir e analisar necessidades, resolver problemas e estimular a criatividade não mudaram com o tempo
Brainstorming, matriz SWOT, matriz CSD, 5W2H, S.C.A.M.P.E.R., 5 porquês, entre várias outras, eram utilizadas na época e são utilizadas em muitos contextos com bastante eficácia hoje em dia, seja para criar um novo produto, melhorar processos em empresas ou até para se organizar eventos.
Essas metodologias básicas para estímulo da criatividade que nos ajudam a pensar de maneira investigativa e analítica diante de um problema ou necessidade, foram as sementes plantadas pelos meus professores, mentores, mestres e guias. Essas sementes cresceram em mim e hoje são árvores com raízes fortes que dão bons frutos que alimentam novas mentes e as sementes desses frutos vão gerar novas árvores que vão espalhar suas sementes num ciclo infinito de inovação.
Hoje vejo que aquele temor, que se mostrou infundado, de que os ensinamentos aprendidos na universidade iriam ficar obsoletos e perdidos no passado, está mudando para o temor da substituição do pensamento humano pelo pensamento das IAs (Inteligências Artificiais).
Nesse caso, vejo que se aplica a mesma lógica das revoluções tecnológicas anteriores, onde nós utilizamos as novidades tecnológicas para sermos melhores, mais eficientes, mais criativos e para resolver mais problemas da humanidade.
Logicamente, temos que nos atualizar sempre e contunuar aprendendo sobre as novas tecnologias que na verdade são ferramentas que nos ajudam a fazer design.
Como diz o gestor bilionário americano Paul Tudor Jones: "Nenhuma máquina é melhor que um homem com uma máquina". Portanto, nós faremos sempre o que fazemos de melhor, que é nos adaptar para evoluir.
Ao observar a minha trajetória e dos meus colegas dessa geração, fico feliz em ver que estamos conseguindo espalhar as sementinhas da inovação e da criatividade para as pessoas, pois me alegra observar que elas aprendem a pensar de forma diferente e aplicam os fundamentos do Design Thinking para resolução dos seus problemas, gerando valor para as suas vidas, para as outras pessoas e para a sociedade como um todo.
Então, eu deixo aqui um recado para os meus colegas designers que receberam a benção de ter as sementes da criatividade e da inovação em seu poder: Espalhem essas sementes!!! Assim, o mundo vai ficando cada vez melhor, mais divertido, mais criativo e cheio de vida para as pessoas.
Referências


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